Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Florbela Espanca
4 comentários:
Pois...Florbela, a trovadora do verdadeiro amor. Irresistível.
O que não tem remédio... remediado está :P
Eeeeeeeva!!!!
Que bom encontrar-te aqui! :) :)
Vou-te adicionar aos meus links sua doida! :)
Está tudo bem contigo?
Temos que nos encontrar uma noite destas. Eu já nem falo em encontrarmo-nos de dia porque eu enfim.. sabes como é... :)
Gostei deste teu cantinho.
Já estive a cuscar assim por alto e já te vi lá em baixo numas fotos! Sempre tão fotogénica! :)
Depois hei-de voltar com mais calma e tempo, que é aquilo que ultimamente não tenho tido.
Um beijo GRANDE e até breve! :)
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Gosto de poesia que espelha a dor
a angustia não é um segredo,não,não é
as letras fluem a voz não consegue
negro,vil maldito para mim mesmo
mas é assim que gosto é assim que me sinto mal.
E estar mal por vezes é estar bem.
Bom poema.
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